Análise de 'Penguins Mirror' com base nos critérios de Sogabe
Realizar a análise de uma instalação multimídia à sua escolha, com base nos critérios discutidos em "Instalações interativas mediadas pela tecnologia digital: análise e produção", Milton Sogabe (2011).
Análise de Penguins Mirror:
01- Espaço:
A instalação foi realizada e localizada no Lawrence Arts Center, em uma sala onde ao seu fundo havia uma plataforma circular onde ficavam os 450 pinguins de pelúcia e o sensor de movimento do xbox kinect, e na parte da frente ficava um espaço vazio, onde o público ficava inicialmente.
Na verdade esse foi o ponto que me trouxe mais dúvidas se essa instalação seria realmente uma instalação interativa segundo Sogabe, mas acredito que sim, visto que a disposição dos pinguins no espaço influencia na percepção do público sobre a obra.
Ao entrar na sala, se pode ver uma sala branca, primariamente vazia, constando somente de vários pinguins de pelúcia, que tem as costas pretas e barriga branca, fazendo movimentos sincronizados giratórios. Devido à diferença de cor, os movimentos dos pinguins sincronizados formam uma espécie de animação no conjunto de pinguins.
Ao se aproximar da plataforma de pinguins, os pinguins mudam seu padrão de movimentação para se tornarem de fato um espelho de pinguins. A silhueta da pessoa que estiver próxima à plataforma será "refletida" na plataforma, pois os pinguins irão se posicionar de forma a imitar essa silhueta.
03- Público:
O público participa num primeiro momento contemplando a padronização dos pinguins, e depois participa ativamente ao se movimentar em frente à plataforma, causando mudança na organização da obra, que passa a responder à sua silhueta.
04 - Interatividade
A interatividade em Penguins Mirror acontece quando o público fica parado ou se movimenta próximo aos pinguins, e pode se tornar uma espécie de 'mestre' dos pinguins.
O movimento e angulação dos pinguins é definido pela disposição do público.
05- Interfaces
O sistema possui um sensor kinect de movimento em meio ao "mar" de pinguins, que detecta o movimento do público próximo à plataforma de bichinhos.
06- Controlador digital
O movimento é detectado pelo kinect e passado para um computador mini-mac, que faz o processamento desses dados com um software próprio e passa para a rede de pinguins motorizados.
07- Saídas
Ao receberem as instruções do computador, a saída então é a movimentação dos pinguins de acordo com o sinal de movimento do público recebido.
Por hoje é isto, espero que tenham entendido e se interessado pelo trabalho único de Daniel Rozin!
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